14 junho 2013

VIAGEM DE ESTUDOS ÀS MISSÕES: CONHECENDO PARTE DO PATRIMÔNIO DA HUMANIDADE EM TERRAS BRASILEIRAS


O curso de Arquitetura e Urbanismo promoveu, de 07 a 10 de junho, viagem de estudos às Missões, com o objetivo de conhecer um dos mais importantes conjuntos arqueológicos em terras brasileiras, reconhecido pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade, e apresentar aos estudantes as Técnicas Retrospectivas que vêm sendo empregadas, pelo IPHAN – Instituto Histórico e Artístico Nacional, na consolidação do Sítio de São Miguel Arcanjo desde 1937.

Detalhe da Fonte Missioneira
No primeiro dia, o roteiro do grupo, composto de 37 estudantes e sete professores, se concentrou nas atrações da cidade de São Miguel das Missões, que incluíram almoço típico na Fazenda do Presente, que abriga barreiro das antigas olarias missioneiras, trilha até à Fonte Missioneira, que revela o sistema de abastecimento de água do antigo povo de São Miguel, e percurso pelo Sítio de São Miguel Arcanjo, conduzido pelos Professores João Gallo de Almeida e Marcos Bueno. O Sítio concentra, além das Ruínas da redução jesuítica com destaque para a igreja em estilo barroco, o Museu das Missões, que foi projetado, em 1940, pelo arquiteto Lúcio Costa e mescla a linguagem modernista ao avarandado inspirado nas habitações indígenas missioneiras, cujo acervo remonta a história e a arte do período jesuítico. Para coroar o percurso de sábado, o grupo assistiu ao Espetáculo Som e Luz, narrativa da história das Missões Jesuítico-Guarani contada através de efeitos sonoros e luminotécnicos.

Arq. Sandra Petry, do IPHAN, explica o processo de consolidação das Ruínas de São Miguel
No domingo, o grupo retornou ao Sítio de São Miguel, para assistir palestra sobre a atuação do IPHAN na consolidação das Ruínas e na preservação do sítio, proferida pela arquiteta Sandra Petry, chefe do Escritório Técnico do Instituto. Em seguida, o grupo se deslocou à cidade vizinha de Santo Ângelo, onde visitou o Memorial Coluna Prestes, localizado no prédio da antiga estação ferroviária do município em estilo colonial inglês, que abriga também o Museu Ferroviário, o Monumento à Coluna Prestes, primeira obra projetada por Oscar Niemeyer no estado, bem como o Monumento a Sepé Tiaraju, líder indígena que batalhou na Guerra Guaranítica.

As atividades se encerraram na visita ao Sítio Arqueológico de Santo Ângelo Custódio, sobre o qual foram construídas a Praça Pinheiro Machado, que mantém a posição original da praça da redução jesuítica, e a Catedral Angelopolitana, erguida em 1920 em estilo eclético com alusões ao barroco missioneiro. O grupo pode visualizar também as janelas arqueológicas abertas após as escavações no local, que revelam remanescentes da redução, principalmente as fundações da Igreja original. Na mesma praça encontram-se os prédios históricos da Prefeitura Municipal e o Museu Municipal Dr. José Olavo Machado, que abriga a maquete da redução bem como outros remanescentes do período jesuítico.

Atendendo à natureza didática da viagem de estudos, os participantes foram estimulados, durante todo o percurso, a fazer registros por meio de fotos, croquis e anotações, a fim de potencializar o conhecimento adquirido e sistematizar as informações. Como forma de incentivar tais registros, foi lançado o Concurso de Fotografia “Um olhar sobre as Missões”, uma espécie de maratona de fotografia na qual cada participante da viagem submeterá uma foto, através do email arquitetura.torres@ulbra.br, ao júri técnico, que selecionará a melhor imagem, a ser premiada com um livro sobre fotografia. Todos os registros fotográficos da viagem estão publicados na página do curso no Facebook (www.facebook.com/ArqUrbTorres).



A Viagem de Estudos foi acompanhada pelos professores João Francisco Gallo de Almeida, Breno Clezar, Karla Barros Coelho, Marcos Bueno e Moisés Vitoretti e coordenada pelas professoras Thaís Menna Barreto e Bianca Breyer Cardoso.






A Coordenação do curso agradece a todos os participantes da VIAGEM DE ESTUDOS ÀS MISSÕES: estudantes, professores, guias locais e todos que contribuíram de alguma forma para o sucesso de mais uma atividade do Coaching Project. O saldo positivo, manifestado sobretudo pela satisfação dos alunos, demonstra que viagens desta natureza são muito válidas não apenas para a sensibilização quanto ao valor da paisagem cultural e histórica e da importância da atuação do arquiteto e urbanista, mas também por propiciarem o entrosamento entre os próprios alunos e entre estes e seus professores, o que reforça a interação e impulsiona o processo de ensino e aprendizagem.