21 dezembro 2018

CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO DA ULBRA TORRES É O 3° MELHOR CURSO DO RS SEGUNDO O MEC

O Curso de Arquitetura e Urbanismo da ULBRA Torres obteve o 3° lugar no RS em avaliação de qualidade aferida pelo Ministério de Educação, através do CPC (Conceito Preliminar de Curso), ficando atrás somente dos cursos da UFRGS e UFSM. Quando a análise é feita através do IDD, também aferido pelo MEC, o curso ocupa o 2° lugar no RS.

O CPC é o indicador de avaliação da educação superior realizado através de critérios objetivos de qualidade e excelência dos cursos pelo MEC. O indicador é composto por diferentes variáveis que traduzem resultados da avaliação de desempenho de estudantes, infraestrutura e instalações, recursos didático-pedagógicos e corpo docente.
O IDD é um indicador de qualidade que mede o valor agregado pelo curso ao desenvolvimento dos estudantes concluintes.
O Curso de Arquitetura e Urbanismo da ULBRA Torres vem obtendo excelentes resultados em avaliações oficiais do Ministério da Educação. No último ENADE obteve nota 4, em escala de 1 a 5, quando ficou classificado como o melhor curso de instituição privada do Rio Grande do Sul. Na mesma oportunidade, o curso obteve o 5° lugar geral no Estado, ficando atrás somente das Universidades Federais.
Este é um reconhecimento do trabalho realizado pelo time Arquitetura e Urbanismo ULBRA Torres, composto pelo grupo de alunos e professores, colaboradores, coordenação, direção e reitoria. Nesta oportunidade, em que ficou demonstrado através de números a dedicação com que o ensino e aprendizagem de arquitetura e urbanismo são tratados aqui na ULBRA de Torres, é com satisfação que a coordenação do curso parabeniza e agradece a todos envolvidos.

04 dezembro 2018

ALUNO DO CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO DA ULBRA TORRES GANHA MENÇÃO HONROSA EM CONCURSO NACIONAL PARA ESTUDANTES

Os alunos do curso de Arquitetura e Urbanismo João Pedro dos Santos de Vargas e Luiz Fernando Pereira da Silva Júnior participaram de concurso nacional destinado a estudantes de graduação em Arquitetura e Urbanismo. Intitulado Concurso de Ideias Habitação Social no Centro, foi realizado como celebração dos 10 anos do portal e revista concursosdeprojeto.org e contou com a inscrição de 49 projetos de estudantes de faculdades de todo o Brasil. Avaliados por uma comissão julgadora composta por nove profissionais de destaque no cenário nacional, incluindo representantes do escritório MMBB, de São Paulo, e Estudio 41, de Curitiba, os alunos destacaram-se entre os participantes.
Prancha 1, João Pedro
Prancha 2, João Pedro
O aluno João Pedro recebeu Menção Honrosa por seu projeto Vitalidade de Áreas Urbanas. Sucinta mas precisa, a banca destacou como interessante a costura que o aluno fez por meio de aberturas de galerias, citando ainda que o projeto está tecnicamente bem resolvido. Não somente isto, o projeto destaca-se por estar muito bem graficado, com excelentes diagramas explicativos e uma competente renderização.
Prancha 3, João Pedro
Prancha 4, João Pedro
Os projetos foram totalmente desenvolvidos dentro da disciplina de Prática de Projetos II, ministrada pelo Prof. Arq. Me. Efreu Brignol Quintana. Por terem a mesma temática do concurso, habitação de interesse social em áreas  centrais, os alunos foram incentivados pelo orientador a enviarem suas propostas, o que aumenta ainda mais o mérito do reconhecimento obtido, uma vez que não foram desenvolvidos especialmente para este certame. Ambos os projetos têm em comum a estratégia de produzir espaços públicos de qualidade junto à unidade habitacional, resolvendo muito bem o problema da inserção da nova edificação em um contexto consolidado. Estão bem resolvidos, sob o ponto de vista funcional, e as boas soluções técnicas são corretas e bem representadas. Qualidades que, certamente, foram valorizadas pelo júri. A qualidade visual é marcante em ambos os projetos, que têm como cenário um completo terreno, com duas frentes e cinco metros de desnível, situado na cidade de Porto Alegre/RS.
Prancha 1, Luiz Fernando
Prancha 2, Luiz Fernando
O aluno Luiz Fernando, apresentando o projeto sob número 29, classificou-se entre os 19 finalistas. Para o orientador Prof. Efreu, "o projeto apresenta uma solução inteligente ao articular uma passagem de pedestres, tratando o térreo como área pública de convívio e circulação. Esta passagem é marcada por um volume elevado que equaciona a difícil inserção no contexto variado e histórico do centro de Porto Alegre. Dispõe os blocos residenciais ao longo das empenas existentes nos limites do terreno, conseguindo uma boa insolação em todas as unidades de moradia".
Prancha 3, Luiz Fernando
Prancha 4, Luiz Fernando
Confira as pranchas completas em https://concursosdeideias.org. Confira o projeto de João Pedro em https://concursosdeideias.org/sobre/resultado/ (Projeto 38) e de Luiz Fernando em https://concursosdeideias.org/sobre/projetos-participantes/ (Projeto 29). Siga o Facebook oficial do curso, www.fb.com/arquiteturaulbratorres e o Instagram oficial do curso www.instagram.com/arquiteturaulbratorres/.
O curso de Arquitetura e Urbanismo Ulbra Torres parabeniza os alunos, que obtiveram um ótimo resultado no concurso, e o Prof. Efreu Quintana, que os orientou. Reconhecimentos nacionais, juntamente com a atual nota 4 no ENADE 2017 (numa escala de 1 a 5), são os frutos colhidos de anos de intenso trabalho na qualificação do curso, que já vem firmemente se destacando no cenário regional e nacional.

29 novembro 2018

VIAGEM DE ESTUDOS 2018/2 – SÃO PAULO

Neste semestre de 2018/2, em sua tradicional viagem de estudos, o Curso de Arquitetura e Urbanismo da ULBRA Torres visitou a cidade de São Paulo. Nas viagens de estudos, formatadas como cursos de extensão, os acadêmicos aprendem sobre os aspectos históricos, urbanísticos e arquitetônicos da cidade visitada. Com a realização de aula preparatória antes da partida, os conteúdos abordados são, ao longo da viagem, experienciados in loco, gerando a oportunidade de vivenciar a rotina e cultura da cidade ao mesmo tempo em que se aprende sobre ela.
São Paulo foi fundada por Jesuítas em 1554, logo se convertendo em importante centro comercial e econômico, na medida em que o interior do Brasil foi sendo conquistado, tornando-se, hoje, uma das maiores e mais importantes cidades do mundo. São Paulo abriga, naturalmente, grande e expressiva produção arquitetônica com representativos exemplares de diversas épocas, como arquitetura colonial, trazida pelos Jesuítas, arquitetura vernacular local, representada pelas casas dos bandeirantes, grande produção eclética do final do século XIX e início do século XX e especial destaque para a arquitetura moderna e para a atual produção dos escritórios paulistas.
O grupo de 27 alunos, acompanhados dos professores Breno Clezar Júnior, Efreu Quintana, Marcos Bueno, Renata Matos e da coordenadora Thaís Menna Barreto, permaneceu em solo paulistano entre 16 e 20 de outubro, e percorreu um roteiro que contemplou diversos exemplares da arquitetura paulista, fundamentais para a formação de qualquer estudante de arquitetura no Brasil.
Logo na chegada, na manhã de terça-feira, dia 16 de outubro, o grupo iniciou sua jornada pela capital paulista na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP). O edifício, projetado por Vilanova Artigas em 1961, é um marco arquitetônico da chamada escola paulista. Com seu grande átrio central e ateliês abertos, o prédio sintetiza o pensamento de Artigas sobre o próprio ensino da arquitetura. Ainda na USP, visitou-se a Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin, dos arquitetos Rodrigo Mindlin Loeb e Eduardo de Almeida. Inaugurada em 2013 para guardar o acervo do casal Guita e José Mindlin, a biblioteca é um interessante exemplar de arquitetura contemporânea.


Da Universidade, o grupo dirigiu-se à Casa do Bandeirante, um exemplar original do período do século XVII, e pôde, em seguida, conhecer a casa no Butantã, residência do Arquiteto Paulo Mendes da Rocha.


Na tarde do primeiro dia, o principal destino foi o MASP – Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, projeto icônico da Arquiteta Lina Bo Bardi, marco arquitetônico da Avenida Paulista. Uma caminhada por esta avenida levou o grupo até o Instituto Moreira Salles, projeto concluído em 2017, de autoria do renomado escritório Andrade Morettin Arquitetos.


À noite, a atividade foi na Universidade Mackenzie, onde a ULBRA Torres foi recebida para uma aula ministrada pelo Arquiteto e Urbanista Valter Caldana, que palestrou sobre a vida e os sistemas urbanos nas Megalópoles.
O segundo dia teve início no Edifício Copan, famoso condomínio residencial projetado por Oscar Niemeyer em 1954 e concluído em 1966, que abriga 1.160 apartamentos em seus 32 andares de planta sinuosa. Do alto do terraço descortina-se a vista panorâmica do centro da cidade.


A parada seguinte foi na Pinacoteca do Estado, antigo edifício do Liceu de Artes e Ofícios, construído no final do século XIX, pelo Arquiteto Ramos de Azevedo, e transformado em museu em 1989 pela equipe de Arquitetos liderada por Paulo Mendes da Rocha, junto com Eduardo Coloneli e Welinton Torres. Em frente à Pinacoteca situa-se a Estação da Luz, obra do final do século XIX, período da industrialização de São Paulo, que combina o edifício principal, eclético, de autoria de Charles Henry Driver, com uma grande cobertura de estrutura metálica, importada da Inglaterra, que cobre as plataformas de embarque.

Do centro para os jardins: a Galeria Luciana Brito funciona numa casa modernista, de 1957 projetada pelo Arquiteto Rino Levi. Lá, o grupo pôde experienciar, além das exposições artísticas, a espacialidade desta icônica casa-pátio. No Jardim Europa, em um terreno marcado por uma esquina em ângulo agudo e em desnível, Paulo Mendes da Rocha realiza, em 1989 o MuBe, Museu Brasileiro de Escultura e Ecologia. No edifício, que se adapta à topografia conformando uma praça pública em sua cobertura, destaca-se a grande marquise, que vence um vão de 64 metros entre seus dois apoios, distinguível à distância. Sua materialidade em concreto aparente garante grande representatividade na arquitetura brutalista da chamada Escola Paulista.



A programação, à noite, foi a visita à Exposição Ocupação Paulo Mendes de Rocha, uma mostra de trabalhos do Arquiteto relacionados à temática da água, no Itaú Cultural, na Avenida Paulista. O grupo, dali, direcionou-se à Casa das Rosas, exemplar da arquitetura dos casarões em estilo eclético que compunham a paisagem da Avenida Paulista no início do século XX. Nesta casa, especificamente, viveu a família de Ramos de Azevedo. É, hoje, um espaço cultural dedicado à literatura e à memória de Haroldo de Campos. Foi possível, ainda, conhecer a Japan House, um centro de divulgação da cultura japonesa que funciona em um edifício adaptado pelo arquiteto japonês Kengo Kuma, em parceria com o escritório paulista FGMF.


A manhã de quinta-feira foi marcada pelas visitas a duas casas modernistas no bairro do Morumbi: primeiro, a Casa do Engenheiro Oscar Americano e, depois, a Casa de Vidro. A primeira, hoje aberta ao público como Fundação Maria Luísa e Oscar Americano, é projeto do Arquiteto Oswaldo Arthur Bratke, datado de 1953. A segunda, projeto de Lina Bo Bardi, era a residência da Arquiteta com seu marido Pietro Maria Bardi, e é, desde então, uma referência fundamental na história da arquitetura doméstica moderna brasileira.
O grupo fez, à tarde, um pequeno percurso a pé pelo centro da cidade e foi recebido no Theatro Municipal, obra de Ramos de Azevedo claramente inspirada na Ópera de Paris, de Charles Garnier. Depois da visita guiada pelo teatro, o grupo dirigiu-se ao novo SESC da rua 24 de Maio. Projeto recente e premiado em que o Arquiteto Paulo Mendes da Rocha, junto com o escritório MMBB, converteu o antigo prédio da loja de departamentos Mesbla em uma sede SESC. Com a abertura do térreo compondo uma praça e com o vazio central ocupado por quadras e salas maiores, o prédio conta, ainda, com uma piscina no terraço. Todos os espaços são interligados por uma circulação vertical configurada por rampas.



As visitas do dia terminaram no Parque Ibirapuera, local que contém um expressivo conjunto de pavilhões interligados por uma extensa e sinuosa marquise, projetos de Oscar Niemeyer, em 1954, para o quadricentenário da cidade. No parque, visitou-se o Pavilhão Ciccillo Matarazzo, onde estava ocorrendo a exposição da 33ª Bienal de Arte de São Paulo.

O último dia começou com uma visita ao Conjunto Nacional, o primeiro grande edifício da Avenida Paulista, um complexo multifuncional em que se percebem as típicas linhas da escola carioca de arquitetura, projeto de 1952 do Arquiteto David Libeskind. 

No final da manhã, alunos e professores, foram brindados com uma recepção no Studio MK27, escritório do renomado arquiteto Marcio Kogan. O grupo foi recepcionado pelo Arquiteto-sócio do escritório, Carlos Costa, que explicou o sistema de trabalho, expôs alguns projetos e mostrou a sede. Ao final da visita, foi possível um encontro com Marcio Kogan, que generosamente mostrou seu espaço de trabalho e falou, brevemente, sobre seu processo de criação.


Saindo do Studio MK27, o grupo fez uma caminhada passando por exemplares modernos e contemporâneos, como o Edifício Guaimbê, de Paulo Mendes da Rocha, a Livraria da Vila e a Loja da Havaianas na Rua Oscar Freire, do arquiteto Isay Weinfeld, até chegar na loja Micasa, projeto do Studio MK27, que havia sido apresentado na visita ao escritório, momentos antes.


Como gran finale, a tarde de sexta-feira reservou uma visita guiada a todo o complexo do SESC Pompeia, uma das maiores obras da Arquiteta Lina Bo Bardi. A conversão de uma antiga fábrica de tambores em um centro cultural e esportivo, com o restauro dos pavilhões industriais para programas culturais, e a construção do anexo brutalista em concreto aparente, onde estão as quadras esportivas, garantem a este edifício destaque internacional.

Um passeio e jantar de confraternização na Vila Madalena coroaram o belo encerramento de mais uma proveitosa e produtiva viagem de estudos.
O Curso de Arquitetura e Urbanismo agradece aos professores que participaram e organizaram o curso viagem de estudos a São Paulo, agradece ao professor Enilton Braga, que agendou a visita ao Studio MK27, e a todas as pessoas e instituições que tão bem receberam a comitiva da ULBRA Torres na cidade de São Paulo. Agradece, especialmente, aos alunos muito interessados e ótimos companheiros de viagem, e reforça a importância das viagens de estudo como complemento necessário à formação dos jovens arquitetos e urbanistas, que podem vivenciar in locoos conteúdos de aula. São iniciativas como esta que contribuem para fazer deste um curso de excelência, avaliado entre os melhores do país.

EGRESSOS DO CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO DA ULBRA TORRES GANHAM PRÊMIOS INTERNACIONAIS

Os profissionais egressos do curso de Arquitetura e Urbanismo Ulbra Torres, arq. Abraão Santana, arq. Alexandre Rocha Dias, arq. Monica Inácio, arq. Tiago Borba Pavinato e arq. William Idiart Rodrigues, titulares de escritório de Arquitetura e Engenharia em Torres, RS, tiveram um projeto seu premiado em dois sites internacionais de arquitetura.

O primeiro prêmio, no WA Award Cycle 28 foi pelo site World Architecture Community, enquanto o Segundo, na categoria Americas 2018 Award, pelo site International Property Awards.

A coordenação do curso de Arquitetura e Urbanismo da Ulbra Torres parabeniza os egressos com a certeza de que profissionais cada vez mais competentes estão se formando, com total alinhamento ao mercado de trabalho e excelência acadêmica. Isto tem sido continuamente comprovado, como, por exemplo, com a recente nota 4, numa escala de 1 a 5, obtida no ENADE 2017, sendo a melhor nota entre as Faculdade de Arquitetura e Urbanismo privadas no estado do Rio Grande do Sul.

02 outubro 2018

PROFESSOR E EGRESSOS DO CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO DA ULBRA TORRES RECEBEM O 1º PRÊMIO VISUAL DESIGN

No dia 29 de agosto de 2018, no Teatro Unisinos, em Porto Alegre, o Escritório Martin Arquitetura + Engenharia, do professor do curso de Arquitetura e Urbanismo Arq. Me. João Batista Martin foi premiado com o Troféu Ouro do 1° Prêmio Visual & Design de Arquitetura Decoração e Design, na categoria Casa. Concorrendo com outros 250 projetos, a Casa i10 foi a grande vencedora. O escritório, referência de arquitetura residencial no litoral norte gaúcho, é também formado por profissionais Arquitetos e Urbanistas egressos da Ulbra Torres, além de alunos da universidade que trabalham como estagiários. Na noite do evento, o escritório ganhou, ainda o sorteio para uma viagem a Milão.

Além deste prêmio, o escritório já havia conquistado o Sinduscon Premium – Etapa Litoral Norte na categoria Casa Residencial, com a Casa M31, publicada no Archdaily, o maior e mais visitado site de arquitetura do mundo.

A Coordenação do curso congratula a equipe da Martin Arquitetura + Engenharia pela importante premiação recebida e também pela crescente projeção nacional que vem conquistando nos últimos tempos. O curso acredita que esta constante troca entre a universidade e o mercado de trabalho tem gerado os frutos recentemente colhidos, com os egressos formando-se cada vez mais competentes, a alta empregabilidade dos recém-formados no mercado de trabalho e na consequente qualificação da produção arquitetônica no Litoral Norte gaúcho.

11 setembro 2018

EGRESSOS E ALUNA DO CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO ULBRA TORRES SÃO PREMIADOS EM CONCURSO

Os egressos do curso de Arquitetura e Urbanismo Ulbra Torres, formados em 2017/2, Christoffer Costa e Silva da Rosa, Eloisa Hamanaka Brun e Gabriel Henrique Cazuiuqui Brun, juntamente com a aluna do curso Natália Jacoby Ulrich, foram os vencedores do concurso para estudantes e recém-formados em arquitetura e urbanismo (Re)Consolidando a Fundação Iberê Camargo no Cenário de Porto Alegre, em evento celebrado no dia 1º de setembro de 2018, no auditório desta instituição.


Sendo o primeiro concurso organizado pelo Minimum, de Porto Alegre, foi aproveitada a ocasião da comemoração dos 10 anos de inauguração do projeto do arquiteto português Álvaro Siza, na capital gaúcha, em 30 de maio de 2008. A proposta do concurso era fomentar ideias dos participantes ao propor uma intervenção de tema livre, no espaço em frente à Fundação Iberê Camargo, com a premissa de criar movimento e animação, além de atividades, ao entorno imediato durante todos os dias da semana. A ideia era conectar a orla do Guaíba à Fundação por meio de uma arquitetura singular, destacando-se na paisagem porto-alegrense. Com os alunos da Ulbra Torres em primeiro lugar, o segundo lugar foi conquistado pelo Studio Zenital, o terceiro pelo Poente, quarto por Sen5es e quinto por Duas.


A proposta apresentada pela equipe partiu da sensibilidade dos autores em identificar uma demanda latente no local pela população, identificando os usos distintos em dois lugares diferentes, formalmente segregados. Na Fundação Iberê Camargo, a área externa é utilizada como espaço de espera e contemplação, enquanto na orla, a ciclovia e a calçada funcionam como passagem e, nos espaços disponíveis, permanência. A partir desta análise, foram delineadas as estratégias projetuais em quatro dimensões interventivas:
  1. Conectar, propondo uma intervenção de traffic calming na via de trânsito rápido com a intenção de permitir uma segura conexão peatonal entre a Fundação Iberê Camargo e a orla do Lago Guaíba;
  2. Setorizar as áreas de circulação, contemplação e de bar e sanitários afim de manter a relação e integração entre os espaços, mantendo o protagonismo da edificação do museu;
  3. Preservar os usos dos espaços pré-existentes, como a ciclovia, os espaços de passeio e de contemplação, promovendo aproximação dos usuários da fundação com os usuários da orla por meio de escadas e patamares que podem ser utilizados como arquibancadas;
  4. Qualificar o ambiente disponível, integrando de maneira eficiente os espaços da fundação e da orla ao circuito de lazer de Porto Alegre.



Ilustrando de maneira muito eficiente, a prancha apresentada pelos alunos da Ulbra Torres demonstra o crescente domínio conceitual e projetual das novas gerações que estão diplomando-se nesta Universidade. A coordenação e o corpo docente do curso de Arquitetura e Urbanismo receberam a notícia da premiação com muita satisfação e orgulho, consolidando a certeza de que os egressos estão se formando com cada vez mais competência e profissionalismo. O curso parabeniza, portanto, os premiados, e regozija-se em saber que a sólida formação de qualidade está gerando frutos positivos na comunidade onde está inserida.

Saiba mais em https://www.minimumpoa.com.br. Siga a página no Facebook do curso https://www.facebook.com/arquiteturaulbratorres e o Instagram www.instagram.com/arquiteturaulbratorres.

21 agosto 2018

VIAGEM DE ESTUDOS 2018/1 – CÓRDOBA E ROSÁRIO: VIVENCIANDO A ARQUITETURA ARGENTINA

Em maio de 2018, o curso de Arquitetura e Urbanismo da ULBRA campus Torres foi às cidades de Córdoba e Rosário, na Argentina, em sua tradicional viagem de estudos. 
Córdoba e Rosário são as duas maiores cidades do interior da argentina. A primeira foi fundada em 1573 e por sua localização central sempre foi um importante centro urbano, sua urbanização leva a marca das cidades coloniais espanholas, com uma malha urbana em quadrícula regular com centro na então Plaza Mayor, onde se encontram os principais edifícios da época como a Catedral e o Cabildo. Córdoba concentrou as atividades da Companhia de Jesus durante boa parte do século XVII e ainda guarda relevante legado deste período, como o conjunto edificado da Manzana de las Luces. A ocupação urbana se densificou durante o século vinte e apresenta obras arquitetônicas relevantes de diferentes épocas, com destacada presença no cenário da arquitetura moderna e contemporânea.
Rosário, às margens do Rio Paraná foi cenário de eventos históricos como o primeiro içamento da bandeira argentina em 1812. A cidade se desenvolveu como entreposto comercial e centro industrial em função de ter o mais importante porto fluvial do interior do país. Recentemente a orla do Rio Paraná vem passando por uma série de intervenções urbanísticas que resgatam antigas instalações portuárias para novas atividades e devolvem a margem do rio para fruição da população.
O grupo de alunos, acompanhado dos professores Breno Clezar Júnior, Efreu Quintana, Marcos Bueno, Renata Matos e da coordenadora Thaís Menna Barreto, partiu de Torres no dia 19 de maio com destino à Córdoba, onde, já na chegada, iniciou o roteiro de visitas arquitetônicas.
Em Córdoba, o curso de Arquitetura e Urbanismo foi recebido como “invitado de la cuidad” e atenciosamente atendido pelas Secretarias Municipais de Turismo e Cultura que, junto com a Universidade Provincial de Córdoba dispuseram guias que ciceronearam o grupo e prepararam as recepções especiais nos locais visitados para os alunos e professores da ULBRA Torres.
Já na primeira visita, a recepção foi feita pelo Arquiteto Lucio Morini, um dos mais expressivos da atual geração de arquitetos cordobenses. Autor de vários dos mais relevantes edifícios públicos recentes, Morini guiou o grupo pelo complexo Cielo y Tierra, centro de divulgação científica, que conta com exposições educativas sobre o planeta Terra e o Universo. O edifício, de concepção arrojada, é composto por dois dodecaedros semi-enterrados, e contém planetário e torre de observação astronômica.


O grupo seguiu, dali, para o Palácio Ferreyra, um palacete de 1919 projetado pelo arquiteto francês Ernst-Paul Sanson com paisagismo de Carlos Thays. Restaurado em 2007, foi convertido em Museu Superior de Bellas Artes Evita, com projeto do escritório GGMPU junto com Lucio Morini.


A visita foi, em seguida, no Paseo de las Artes, uma feira de artesanato que funciona numa área de antigas casas operárias, revitalizadas na década de 1980 pelo importante arquiteto Miguel Angel Roca. Para terminar o dia, o grupo circulou pelo bairro Guëmes e confraternizou no centro gastronômico Muy Güemes, que funciona num pavilhão industrial adaptado ao novo uso pelas arquitetas Agostina Gennaro e María josé Péndola.
Na segunda-feira, o roteiro começou no Jardín Botánico de la Municipalidad de Córdoba, cujo projeto do edifício principal, de 1999, com autoria dos arquitetos Carlos Barrado e Mónica Bertolino, apresenta linguagem que une o brutalismo com uma arquitetura regional, utilizando técnicas e materiais locais. O Jardim Botânico, faz parte, junto com Universidade Livre do Ambiente (ULA), também visitada pelo grupo, de uma operação urbana para resgatar a qualidade ambiental do arroio Infernillo, e localiza-se onde antes havia um aterro sanitário.
 


O grupo foi, em seguida, ao Palácio Municipal: um edifício moderno resultado de concurso público vencido pelo grupo SEPRA em 1953. A partir do terraço do edifício, observaram-se as edificações modernas do centro da cidade e as praças Paseo Sobremonte – primeiro parque público de córdoba, Plaza Italia – projeto de Miguel Ángel Roca e Plaza de la Intendência. O grupo seguiu a pé pelo arroio La Canhada para avistar alguns exemplares da arquitetura moderna de Córdoba, entre eles edifícios projetados por Jaime Roca e Togo Díaz. 
O próximo local visitado foi o Centro Cívico del Bicentenário, nova e imponente obra que abriga o centro administrativo provincial e a casa do governador, também projetado por GGMPU e Lucio Morini.


As visitas da tarde foram nas universidades provincial e nacional de Córdoba. O grupo conheceu o campus Cidade das Artes da Universidade provincial de Córdoba, construído a partir da reciclagem de pavilhões do antigo quartel do exército. No campus estão as faculdades de artes visuais, escultura, cerâmica, música, teatro e dança, um teatro e um edifício com ateliês para artistas. 
Na Universidade Nacional de Córdoba, o grupo foi recepcionado na Faculdade de Arquitetura, Urbanismo e Desenho. A professora Arquiteta Silvana Mocci recebeu e guiou os alunos e professores do curso pelo edifício, onde todos puderam conversar sobre as diferenças e semelhanças do ensino de arquitetura aqui e lá, onde mais de nove mil alunos são atendidos em modalidade 100% presencial.


No dia seguinte, foi a vez de percorrer o centro histórico: começando pela Praça San Martín, a praça fundacional da cidade, onde o grupo foi recebido pela subdiretora de turismo da municipalidade de Córdoba, professora Maria Belen Urquiza, que pessoalmente guiou o grupo nas visitas aos prédios históricos do centro, como o Cabildo Histórico. Cabildo é nome das antigas sedes de governo das cidades coloniais espanholas, e o de córdoba data de 1588, sendo adaptado e ampliado em 1786 pelo engenheiro militar Don Manuel López. Funciona, atualmente, como museu e sede do instituto do instituto do patrimônio histórico. A Catedral de Córdoba – Igreja de Nuestra Señora de la Assunción, iniciada em 1582, teve sua fachada de inspiração renascentista projetada pelo arquiteto italiano Andrea Bianchi, em 1706, As torres foram concluídas somente em 1787, já com uma linguagem barroca.


Da catedral, o grupo seguiu para a Manzana Jesuítica, ou quarteirão das luzes, um conjunto de construções realizadas pelos Jesuítas, que chegaram à região em 1589. Neste local, tem-se a igreja da Companhia de Jesus, o Colégio Nacional de Monserrat e a antiga sede da Universidade Nacional de Córdoba, que foi a primeira do país e uma das primeiras de toda a América. No acervo da biblioteca, estão exemplares raríssimos, tais como algumas das mais antigas impressões da Bíblia, realizadas no século XVI, e o tratado de Leon Batista Alberti, cuja primeira publicação data de 1485.
O percurso pelo centro continuou pelas peatonais, por um sistema de vias exclusivas de pedestres projetadas na década de 1980 por Miguel Ángel Roca, arquiteto responsável por importantes obras urbanas da cidade. Nessa intervenção, as fachadas das edificações históricas são rebatidas no desenho do piso. O percurso pelo centro terminou na Cripta Jesuítica, um sítio arqueológico sob uma importante avenida, que revela o início da construção de uma igreja pelos jesuítas, cuja obra inacabada teve diversas outras utilidades até ser soterrada pelo crescimento da cidade. 
Essa tarde teve, ainda, visitas a duas obras recentes: o Centro Cultural e Arquivo de Córdoba, projeto selecionado por concurso público vencido pelos arquitetos Castañeda, Cohen, Nanzer, Saal, Salassa e Tissot, em 2014, cujo partido adota a estratégia de uma topografia operativa conectando o Parque Sarmiento à cidade por um passeio que é a própria cobertura do edifício, e o Museu Provincial Emilio Caraffa, construído em 1915 pelo arquiteto Johannes Kronfuss e restaurado e ampliado em 2008 pelo escritório GGMPU, junto com Lucio Morini.



O itinerário em Córdoba teve encerramento com a visita à Igreja neogótica do Sagrado Coração de Jesus, igreja dos capuchinhos e, logo após, happy hour no Paseo del Buen Pastor, um centro comercial e gastronômico no local em que funcionou uma antiga prisão.
No dia seguinte, o destino foi o ponto alto da viagem. No caminho entre Córdoba e Rosário, na localidade e La Playosa, encontra-se a Capilla San Bernardo, um premiado projeto do Arquiteto Nicolás Campodonico. Tratando-se de uma capela familiar, na propriedade dos pais do arquiteto, foi construída com tijolos que pertenciam a uma antiga casa que havia no lugar. Sua forma é ao mesmo tempo simples e inusitada, e nela se reconhecem elementos clássicos da arquitetura religiosa: a entrada obscura que se abre num interior amplo e luminoso, a técnica tradicional da abóbada em que os esforços de compressão mantém a forma e descarregam o peso nas paredes estruturais e o efeito poético da cruz, que é formada pela sombra projetada de dois elementos de madeira que lembram o braço horizontal da cruz carregado por Cristo durante a via crucis e que vai formar a cruz completa quando encontra o poste cravado no monte do calvário. 




Na quinta-feira, para coroar a viagem, o grupo foi recebido pelo próprio Nicolás Campodonico em seu escritório na cidade de Rosário. Nicolas, sempre muito cordial, deu uma verdadeira aula ao explicar o desenvolvimento do projeto e da obra da capela e de outros edifícios, demonstrando contagiante entusiasmo e paixão pelo ofício de arquiteto.


Em Rosário, o grupo percorreu a Plaza 25 de Mayo, onde a cidade teve seu início histórico, e onde situa-se a Catedral de Nuestra Señora del Rosario e a sede da prefeitura no chamado Palácio dos Leões, um edifício de 1896 do arquiteto italiano Gaetano Rezzara cuja arquitetura em estilo renascentista lembra a dos palácios fiorentinos. Entre esses dois edifícios, uma passagem leva ao Monumento Nacional à Bandeira, obra colossal erguida nos anos 1940, com projeto de Alejandro Bustillo e Ángel Guido, no local em que foi içada pela primeira vez a bandeira argentina, durante as guerras de independência, pelo General Belgrano.


Em Rosário ainda foram visitados outros importantes exemplares de arquitetura contemporânea e pós-moderna: O Centro Municipal Distrito Sur Rosa Zieperovich é, junto com a Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre, um dos dois projetos do arquiteto português Álvaro Siza Vieira na América Latina. Realizado em 2002, faz parte de uma iniciativa de descentralizar os serviços municipais.


O novíssimo Acuário do Rio Paraná, obra de 2018 do escritório LOF arquitectos, de Santa Fé, faz uso de uma linguagem arquitetônica contemporânea e museografia interativa para criar um moderno centro de pesquisa e educação acerca do ambiente natural, da dinâmica ecológica e das espécies que habitam o rio Paraná.


O ultimo ponto de visitação foi o Complexo Cultural Parque España, local que abriga midiateca, teatro e salas de exposições. Com projeto dos arquitetos catalães Matorell, Bohigas e Mackay, sua execução foi doada pelo governo espanhol. A construção é uma adaptação de uso de túneis e silos que compunham antigas estruturas portuárias.
Com a vista do pôr do sol no Rio Paraná, foi encerrada a visita, dando início ao retorno a Torres. O Curso de Arquitetura e Urbanismo agradece aos professores que organizaram a viagem, realizaram aula preparatória e acompanharam e guiaram os alunos, podendo lecionar arquitetura in loco, uma experiência fundamental na formação dos novos arquitetos e que somente um curso presencial e de excelência pode proporcionar semestralmente, como faz a ULBRA Torres. Agradecimentos também à Coordenação do curso e à direção do campus que incentivam e viabilizam tão importantes atividades de extensão. Especial agradecimento a todos aqueles que tão bem e prestativamente nos receberam nas cidades e locais visitados, e ao excelente grupo de alunos interessados que fizeram desta uma ótima experiência.